#30 - Cursos de copy e clubes de leitura
Olá, pessoal!
Voltamos com mais uma newsletter.
Boa leitura!
Cursos de Copy - todo aquele que exerce uma função no digital já deve ter tido essa tentação: "e se eu vendesse o meu próprio curso online?". Cursos de copy, por exemplo, eu já vi dezenas — mas, parando para pensar, eles não costumam durar muito tempo.
Eu até consigo entender a lógica do negócio: depois de ver a famosa aula 130 do O Novo Mercado, o sujeito toma para si a máxima de que "existe alguém disposto a pagar por uma habilidade ou conhecimento que você tem hoje" e pensa: "bom, eu sei um pouco de copy, sou pago para fazer isso, certamente devo ter algo a ensinar".
E eu não duvido que tenha. O problema é que há mais 50, 100 pessoas fazendo a mesma coisa.
E todas as vezes que eu via um anúncio de "mais um curso de copy" eu pensava que, embora essas pessoas realmente tivessem um domínio da técnica, na ânsia de vender pularam uma das etapas fundamentais: a análise do mercado, da concorrência.
Veja: se eu quero aprender copy do zero, porque eu escolheria o curso de um desconhecido quando posso comprar — ainda que mais caro, mas isso pesa menos do que as pessoas pensam — o curso do André Cia ou do Beto Altenhofen ou do Viveiros?
Tão preocupados (assim espero) em diferenciar os produtos dos clientes dos produtos dos seus concorrentes, o novo produtor digital esquece de diferenciar o seu próprio produto dos demais.
Foi por isso que o curso 4 Narrativas do Leonardo Fragas me chamou tanta a atenção (e por isso que logo me tornei um de seus alunos). Pela primeira vez em muito tempo vi algo diferente e, em uma das aulas, deu para ver que não era por acaso. Se você está procurando algum curso diferente, fica a sugestão.
Clubes de Leitura - não sou um grande fã de leituras conjuntas e clubes de leitura. Nunca me dei bem com cronogramas de leitura ou metas diárias para acabar um livro. Mas casou de os planetas se alinharem e o Clube Ethos fazer uma leitura em conjunto de um livro que eu já estava com vontade de ler por causa da minha leitura de Limonov, de Emmanuel Carrère: Arquipélago Gulag, de Aleksandr Soljenítsyn. Se você quiser aproveitar e ler conosco, fica a sugestão — mas já vou avisando que eu não sigo o cronograma…
Cadernos - nesta semana precisei comprar um caderno de anotações e percebi como isso se tornou um "hábito" ou uma peça fundamental no meu "processo criativo" (caso ele exista, não sei). O fato é que eu tenho ao meu lado um caderno feito para anotar qualquer coisa, sem nenhum tema específico ou organização. Eu quase nunca releio o que escrevi, mas percebi que as páginas em branco me ajudam a organizar o meu próprio pensamento. O livro "How to take smart notes" traz até essa citação:
"One cannot think without writing" (Luhmann, 1992)
Tendo a acreditar. O próximo passo é tentar tomar notas um pouco mais organizadas e criar uma própria biblioteca particular para consulta.
Já vi uma sugestão do Ryan Holiday e até comecei a fazer, mas um hábito é uma coisa realmente difícil de se desenvolver…
Até semana que vem!
Catapan
Leituras em andamento:
Limonov, Emmanuel Carrère
Arquipélago Gulag, Aleksandr Soljenítsyn
The Great Story of Israel, Bishop Robert Barron
Introdução à astrologia ocidental, Marcos Monteiro (por curiosidade, já adianto)
How to take smart notes, Sönke Ahrens
Ogilvy on Advertising, David Ogilvy
Pode alguém conseguir ler tantos livros ao mesmo tempo? Coloquei os livros na ordem de “prioridade”, por assim dizer. Todos estão começados, mas alguns são lidos com mais frequência que os outros.
Li trocentos livros de copy. O unico UTIL, DIRETO AO PONTO e que de fato me ensinou algo sem a eterna e chata encheção de linguiça foi o do Evaldo Albuquerque.